Sarangbang Podcast: Conheça Kim Ki-taek, o primeiro poeta contemporâneo coreano traduzido para o português

Pessoa de meia-idade, com cabelo curto preto e grisalho, veste casaco marrom e está em pé ao lado de um muro tradicional de pedras com telhado de cerâmica. A cena é externa, com luz natural suave e fundo desfocado, destacando o indivíduo e a arquitetura histórica.

Novo episódio do Sarangbang Podcast apresenta a poesia do autor reunida em “Chiclete”, onde temas cotidianos da vivência urbana ganham nova magnitude

Sarangbang Podcast, primeiro podcast sobre literatura coreana no Brasil, em atividade desde 2023, abre as portas para apresentar um importante poeta coreano contemporâneo aos leitores. A partir do livro Chiclete (Editora 7Varas, 92 p.), de Kim Ki-taek, as criadoras do projeto Denise Nobre e Bruna Giglio se juntam no novo episódio para debater sobre resistência, o envelhecimento e os ritmos em diferentes corpos e momentos da vida.

O título, publicado no Brasil em 2018, conta com tradução de Yum Jung Im, professora e doutora do Departamento de Letras Orientais da FFLCH-USP, nome por trás de outras grandes traduções como a primeira publicação de A vegetariana, de Han Kang, e do também livro de poesias Céu, vento, estrelas e poesia, de Yun Dong-ju. As apresentadoras do podcast celebram a importância de seu trabalho, ressaltando à dificuldade em traduzir poesias coreanas repletas de vocábulos que carregam consigo referências culturais e nuances semânticas específicas. 

Chiclete se associa ao tema desta temporada, que propõe destrinchar reflexões e sentimentos a partir da literatura coreana, a partir do lirismo quase prosaico do autor. Kim Ki-taek se apropria de artefatos do cotidiano urbano para tirar o ser-humano da posição de centralidade e colocá-lo em pé de igualdade com elementos materiais como o transporte público, os animais, e até mesmo chiclete, inicialmente banal, mas que abre espaço para interpretações profundas.

O título também se destaca a partir de sábias comparações entre cheiros, sensações, objetos, além de expressar com crueza o ato de se comer carne — indo de frente aos costumes da sociedade coreana, culturalmente carnista, próxima da vivência brasileira nesse aspecto. A partir das novas lentes emprestadas pelo autor a partir de sua poesia, Denise Nobre e Bruna Giglio apresentam suas próprias interpretações da coletânea, enquanto convidam os leitores a se juntarem em uma jornada especial pela poesia coreana.

A conversa completa já está disponível no Spotify e no YouTube

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