Adeus a uma Voz Inesquecível: José Santana, Lenda da Dublagem Brasileira, Morre aos 83 Anos

Imagem dividida em duas partes: acima, um senhor idoso sorridente sentado ao ar livre; abaixo, cena animada com super-heróis da DC em ação. Texto em faixa vermelha informa a morte de José Santana, conhecido por dublar a frase “Enquanto isso, na Sala de Justiça...”

O Brasil perdeu neste domingo, 7 de setembro de 2025, uma de suas vozes mais emblemáticas. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 83 anos, o ator, locutor e dublador José Santana, figura essencial na história da dublagem nacional. A notícia foi confirmada pela família nas redes sociais.

Uma trajetória marcada por talento e inovação

Nascido em 26 de novembro de 1941, no Rio de Janeiro, José Santana iniciou sua carreira ainda jovem, como locutor esportivo na Rádio Agulhas Negras, em Resende. Ao longo das décadas seguintes, passou por diversas emissoras — Rádio Relógio, Eldorado, Guanabara e Nacional , consolidando-se como um dos grandes nomes da comunicação brasileira.

Em 1972, ingressou no universo da dublagem, e apenas quatro anos depois já assumia a direção de dublagem na lendária Herbert Richers. Mais tarde, liderou também a equipe da Telecine, onde foi responsável por estabelecer o padrão de qualidade que marcou uma geração.

Personagens eternizados por sua voz

José Santana emprestou sua voz a personagens que marcaram a infância e juventude de milhões de brasileiros. Foi ele quem eternizou a frase “Enquanto isso, na Sala de Justiça…” na série animada Superamigos. Também foi a voz do Leão da Montanha, Hector Elizondo em Um Tira da Pesada, e do icônico Chuck Norris em diversos filmes e na série Walker, Texas Ranger2.

Sua versatilidade brilhou em animações como Transformers, Batman: A Série Animada, G.I. Joe, Os Simpsons — onde dublou Seymour Skinner e Tony Gordo e em séries como Succession, Todo Mundo Odeia o Chris e ALF, o ETeimoso. Santana também participou da dublagem de novelas mexicanas e colombianas exibidas no Brasil, como Privilégio de Amar, A Intrusa, A Desalmada e Paixões de Gavilanes.

Legado e reconhecimento

Mais do que um dublador, José Santana foi um mestre da voz, um artista que soube transformar personagens estrangeiros em figuras próximas e queridas do público brasileiro. Seu trabalho atravessou gerações, e sua contribuição para a cultura nacional é imensurável.

Neste momento de luto, deixamos nossos sentimentos à família, amigos e colegas de profissão. Que o legado de José Santana continue ecoando nas telas e nos corações daqueles que cresceram ouvindo sua voz.

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